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Como a escola pode contribuir no combate contra a dengue?

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Imagem de mosquito Aedes Egypt na mão de pessoa

Em 2024, os casos de dengue no Brasil já superaram as ocorrências dos anos de 2017, 2018 e 2021. No total, de janeiro a fevereiro, foram registrados quase 700 mil casos prováveis da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 5 mil ocorrências são da forma mais grave da doença e 122 óbitos já foram confirmados no ano.

Os números são alarmantes. Por isso, toda sociedade precisa combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Esse papel é de todos, inclusive das escolas. Envolver a comunidade escolar é essencial para que o país reduza esses índices preocupantes. 

O combate ao mosquito começa pela conscientização. É importante que professores, colaboradores da escola e estudantes estejam bem informados sobre como evitar a proliferação do mosquito. Esse ensinamento, que começa na sala de aula, deve ser multiplicado para toda comunidade. 

Além de conscientizar, a unidade de ensino também deve se preocupar com ações concretas para proteger a todos que estão no estabelecimento. Isso ocorre com tarefas simples, como evitar água parada e até reformas ou obras na infraestrutura da escola que ajudem a eliminar o Aedes aegypti. 

Neste artigo, vamos dar dicas importantes para que a sua escola contribua com o combate à dengue de forma efetiva para reduzir os focos de reprodução do mosquito dentro do ambiente escolar.

O que é dengue?

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda que pode levar à morte, em seu estado mais grave. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus da dengue pode causar sintomas clássicos da doença quanto a forma considerada hemorrágica. 

O Brasil não é o único país a apresentar ocorrências da doença que é considerada um desafio global de saúde pública. Adotar medidas preventivas e promover ações educativas são fundamentais.

Para proliferar, o mosquito coloca seus ovos diretamente na água parada em quaisquer recipientes vazios que possam, como latas, garrafas, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas. 

Os períodos de maior alerta são os chuvosos, já que recipientes vazios podem se encher de água da chuva, que entra em contato com os ovos. Durante esse processo, os ovos eclodem em poucos minutos, entre cinco e sete dias.  

Exterminar os criadouros do mosquito é a melhor maneira de acabar com o mosquito, pois quanto mais se multiplicam, maior a incidência da dengue. 

De acordo com o boletim epidemiológico, as regiões com maiores índices são:

  • Centro-Oeste: Essa tem liderado o ranking;
  • Sudeste: A região está em segundo lugar no ranking.  

Ações educativas para combater a dengue

Imagem de laje de casa com água parada e caixa d'água aberta

O papel da escola é educar. Ensinar os alunos como combater o mosquito da dengue é importante para toda sociedade. Isso também conscientiza os estudantes sobre a sua responsabilidade com o coletivo. 

A escola pode iniciar sua contribuição por meio de programas educativos que envolvam alunos, professores, pais e funcionários. Palestras, cartazes informativos e atividades práticas podem destacar a importância da prevenção, os sintomas da doença e as formas de combate ao mosquito.

Muitas atividades podem ser realizadas na sala de aula para conscientizar crianças e adolescentes no combate à doença. Por exemplo:

  • Atividades lúdicas
  • Desenvolvimento de jogos online com essa temática
  • Mutirão de limpeza na escola e nas residências dos estudantes para identificar criadouros do mosquito da dengue
  • Palestras com agentes epidemiológicos e profissionais da área da saúde 
  • Trabalhos em equipe 
  • Gincana para coletar garrafas vazias na comunidade do entorno da escola;
  • Com a ajuda dos estudantes criar cartazes e folderes para distribuir à vizinhança local
  • Promover feiras e outros eventos que incentivem a participação da comunidade. 

As ações educativas são muito importantes para o combate à dengue, mas essa não é a única contribuição da escola. Implementar medidas estruturais também é fundamental para manter o ambiente escolar seguro e livre de focos do mosquito Aedes aegypti. 

Entre as ações estruturais, podemos destacar:

1. Manutenção e Limpeza

Pode até parecer óbvio, mas muitos estabelecimentos de ensino não têm uma rotina de manutenção e limpeza. Estabelecer essa rotina no espaço escolar é imprescindível. A limpeza não é apenas aquela do dia a dia. Essa rotina periódica deve ter como objetivo remover recipientes que possam acumular água, como pneus velhos, latas e garrafas. Além disso, a comunidade deve estar inserida nesse contexto, participando de mutirões de limpeza. 

2. Infraestrutura adequada

O investimento em infraestrutura também colabora para evitar acúmulo de água parada. A maior parte das ações são simples e não comprometem o orçamento. No entanto, são eficazes para manter o mosquito afastado do ambiente escolar. 

Para ter uma infraestrutura eficiente contra a dengue, a escola precisa investir em: 

  • Instalação de Telas de Proteção: Para impedir a entrada do mosquito nas salas de aula, as telas de proteção podem ser instaladas em janelas e portas. A medida proporciona um ambiente mais seguro.
  • Manutenção de Calhas e Telhados: Essa manutenção deve ser periódica para evitar obstruções nas calhas. Verificar se os telhados estão em bom estado também evita o acúmulo de água da chuva e, consequentemente, a proliferação do mosquito.
  • Tratamento de Reservatórios de Água: Se a escola possui reservatórios, é fundamental realizar tratamentos adequados para prevenir a proliferação de larvas.
  • Pisos Drenantes: Esse tipo de piso ajuda no escoamento da água, contribuindo para evitar poças e acúmulos em áreas comuns.

Todas essas ações podem ajudar a reduzir os índices alarmantes de dengue no país. As escolas têm um papel fundamental em conscientizar a comunidade escolar sobre os perigos da doença e informar como é possível evitá-la por meio de atitudes simples, como não deixar água parada em vasos de plantas ou pneus. 

Redação Húngaro Arquitetura

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